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Metaverso: o que é, e o que pode se tornar?

Ivye Muniz

A vida imita a arte? Essa é uma reflexão antiga e complexa que mobiliza filósofos, escritores e diversos outros profissionais. Pelo andar da carruagem, a arte talvez ainda não tenha a sua resposta, mas que a vida tem imitado a ficção científica, isso não se pode negar.


O metaverso, além de dar origem ao novo nome da empresa de Mark Zuckerberg (“Meta”), nasce do grego, onde o prefixo “meta” significa “além”. Já o termo como o conhecemos hoje, em destaque por todo o lugar, vem do livro de ficção científica “Snow Crash”, em que o autor Neal Stephenson narra um mundo onde seres humanos interagem em um ambiente totalmente virtual por meio de avatares. Parece familiar?



O metaverso que vem sendo comentado é, na teoria, um ambiente digital e interconectado, onde usuários poderiam exercer comportamentos comuns da vida diária como estudar, trabalhar e comprar. Na prática, o conceito ainda não atingiu o seu potencial máximo e continua em desenvolvimento, mas há aparelhos e experiências já existentes que se aproximam da visão de Zuckerberg.



A interatividade dos óculos de realidade aumentada pode ser experimentada em jogos e eventos, e o aparelho é visto como uma das possíveis portas de entrada para o metaverso. Visualmente, ele é capaz de transportar o usuário a um ambiente digitalmente construído onde ele vive uma experiência específica. Marcas têm aproveitado a ferramenta, e criado imersões para clientes.


Quem também propõe experiências únicas de acordo com a visão do metaverso é a Epic Games, empresa desenvolvedora de jogos e responsável pelo sucesso Fornite. O jogo, que já opera em um servidor compartilhado onde usuários podem formar times e explorar um mundo aberto, recebeu um avatar — representação virtual de uma pessoa, como um boneco ou boneca customizável — da cantora norte-americana Ariana Grande. Aproveitando os cenários fantasiosos e coloridos do jogo, a artista se apresentou para 1 milhão de jogadores em um show exclusivo desenvolvido para o Fortnite.



Especialistas estimam que o desenvolvimento do metaverso como foi originalmente imaginado por Zuckerberg, uma plataforma interativa de realidade virtual, pode levar de 10 a 15 anos por parte das empresas interessadas. Servidores potentes e sistemas de segurança fortes são alguns dos requisitos que, talvez, ainda estejam além do oferecido pela tecnologia atual.


Enquanto o mundo virtual dos sonhos ainda não é uma realidade, fica o esforço que toda boa empresa de Comunicação deveria exercitar: ter os olhos no futuro, e pensar estrategicamente em como dar o próximo passo rumo à inovação e melhoria do seu próprio serviço.

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